quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Faltou luz e agora?

Vivendo no passado, sem luz elétrica, escrevendo com o suave balançar da luz incandecente do pavio da vela.

Nada mais romântico do que a experiência de sentir-se pioneira escritora; onde o papel, a caneta, as ideias e a baixa luminosidade são suas únicas companhias.

O silêncio do ambiente, quebrado pelos menores ruídos. A penumbra alimentada de sombras, sombras que ganham vida e formas jamais antes percebidas.

O poder que está na audácia de um novo olhar, de experimentar e de vivenciar não o novo, mas o encoberto pela vida automecânica que nos toma.

O barulho do papel se ouve, a agilidade da escrita é quem dá o ritmo das surpresas, e quantas novidades o simples tem.

Encantada e inebriada com incríveis possibilidades descobertas com a ausência de algo tão presente, deixo de lado o ruído da minha escrita, para deleitar-me com um papo analógico e desbravador.

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